Bom pessoal, meu nome é José Carlos – mas podem me chamar de Zeca. Tenho 27 anos, cabelos pretos, olhos castanhos, corpo atlético e bastante tatuado. Trabalho no ramo de tecnologia da informação, hoje tenho uma empresa especializada mas na época em que este relato aconteceu eu ainda fazia faculdade, lá pelos meus 22 anos.
Minha rotina era muito corrida: conciliava faculdade, trabalho, pesquisa e academia – definitivamente não tinha tempo (e nem cabeça) para me relacionar. Era raro encontrar alguma mulher que fizesse meu tipo, então já estava a algum tempo sem transar – mas com a correria sequer me lembrava disso.
Tudo aconteceu em uma sexta – era cerca de nove e meia, estava no metrô, voltando da faculdade. Ele estava relativamente vazio, mas por segurança sempre fico em pé próximo de uma saída. Estava ali ouvindo música, observando de forma alheia todos que estavam dividindo o vagão comigo. Até que eu a vi, e meus olhos ficaram vidrados: ela deveria ter uns 20 a 22 anos, cabelos loiros compridos, a pele dela era branca como mármore, repleta de tatuagens estilo “old school” que davam um contraste incrível ao todo. Ela teria cerca de 1.60m, uns 70kgs muito bem distribuídos entre seios medianos, uma bunda linda e empinada, coxas grossas mas uma cintura fina. A delicadeza dos pequenos fios de cabelos que cresciam atrás da orelha dela me fizeram estremecer, ao imaginar como seria beijar cada centímetro daquele pescoço. Como seria deixá-lo repleto de pequenas marcas avermelhadas com chupões leves.
Por um segundo eu divaguei, imaginando como seria segurar firme aquele quadril enquanto ela sentava e me encarava com aqueles lindos olhos castanhos – e esse segundo foi suficiente para ela olhar por cima do ombro e me notar, nitidamente me encarar.
Num primeiro momento senti uma tensão (do tipo ruim) já que não parávamos de nos encarar. Pensei em desviar o olhar, evitar intimidar uma moça que estava andando sozinha no metrô no fim da noite – mas tão rápido o pensamento me veio, ela soltou completamente as feições e me entregou um meio sorriso. Um olhar completamente fatal, e naquele instante eu percebi que precisava ver aqueles olhos me encarando – enquanto ela me mamava.
Pode parecer vulgar, sim, mas se você fosse encarado por aqueles olhos assim como eu fui, você entenderia. Assim que ela me presenteou com aquela expressão eu me comecei a me perguntar se investia – e corria o risco de assombrar a pobre moça depois de interpretar errado os sinais – ou se seguia minha vida como sempre. Antes que eu conseguisse decidir ela se deslocou até a porta, fazendo menção de descer na próxima parada – e ali, parada em frente a porta ela me olhou, soltou o sorriso mais sensual que eu já tinha visto e as portas se abriram.
Eu senti uma onda de choque, irresponsabilidade e tesão percorrer meu corpo e me guiar pela plataforma, seguindo a moça que se deslocava em direção a uma saída – “acesso restrito, somente pessoal autorizado”. Tenho certeza que ela garota de 1.60 vestida com saia jeans, regata e jaquela não fazia parte do pessoal autorizado. Mas mesmo assim a segui.
Assim que atravesse a porta eu me deparei com um corredor e algumas portas, ela entrava na terceira – após me olhar de relance a soltar aquele sorrisinho. Obviamente eu a segui, ignorando meu juízo e sento tomado por uma onda de calor e excitação que somente momentos de muito perigo ou irresponsabilidade podem promover. Assim que entrei pela porta me deparei com um cômodo pequeno, com uma mesa centralizada, uma cadeira e várias caixas aparentemente cheias de documentos. A sala estava iluminada apenas por uma luz amarela fraca, e ela estava logo ali, de costas, soltando a mochila na cadeira e se virando para mim.
Não houveram apresentações, palavras. Ela apenas se virou e me encarou, se aproximou com os lábios entreabertos e sinalizou para que trancasse a porta. Ali estava meu cartão verde, a permissão que eu precisava. Com uma mão nas costas tranquei a porta, soltei minha mochila e com a outra segurei seu pescoço e nos beijamos. Um beijo
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